Patrick Ky, Diretor Executivo da European Union Aviation Safety Agency (EASA), em entrevista ao Luftfahrt-Presse-Club, considera que só será possível restabelecer a indústria da aviação comercial com o desenvolvimento de padrões globais de segurança sanitária que uniformizem as regras nos diferentes países.
Considera que a aplicação de regras diferentes é o maior obstáculo para à circulação de pessoas.
Também a International Air Transport Association (IATA) pediu aos governos que se associassem à indústria de transporte aéreo para elaborar planos para unir pessoas, negócios e economias com segurança.
Segundo a instituição, uma prioridade para esta cooperação é o estabelecimento de padrões globais de vacinação e certificação de testes. A International Civil Aviation Organization (ICAO) recomenda que as tripulações estejam isentas de testes e restrições destinados a passageiros. A IATA apoia os protocolos de gestão da saúde das tripulações que incluem, por exemplo, testes regulares e verificações de saúde, com diretrizes rígidas que limitam a interação com as comunidades locais.
Já um relatório do Fórum Económico Mundial / Visual Capitalist revela que os trabalhadores do setor dos transportes têm a pontuação de risco COVID-19 mais elevada – 75.7 numa média de 30.2 – entre os 966 empregos avaliados que não estão relacionados com a saúde.
Os tripulantes de bordo correm mais riscos com a Covid-19 do que qualquer outra pessoa a bordo de um avião, simplesmente devido à natureza do seu trabalho. Os ambientes de proximidade significam que estes trabalhadores estão a menos de dois metros de cada passageiro durante um voo.
E também são vulneráveis a contrair o vírus quando os passageiros retiram as suas máscaras para comer ou beber, ou quando tentam convencer um passageiro sem máscara a cumprir as regras.